O professor Olavo de Carvalho teve um papel preponderante nos processos de conscientização sobre as práticas abusivas e criminosas realizadas pela esquerda brasileira para assumir o poder político no Brasil e se perpetuar nele.
Muito antes das passeatas de 2013 ele já alertava sobre esse projeto que viria a se instalar e apesar de ter dado diversas entrevistas à grande mídia, seus pronunciamentos parecem ter ficado de fora do “radar” de muita gente, por muito tempo.
Vendo o desenrolar da história, fica nítido que a imprensa e as instituições oficiais colocaram os dizeres do professor de lado e deixaram de repercutir suas colocações.
Mas apesar desse isolamento ideológico imposto a Olavo, sua voz voltou à tona por conta da popularização da Internet e depois de 2013 ele veio ganhando mais e mais visibilidade no panorama sócio-político-cultural brasileiro e atualmente é um dos mentores do presidente recém eleito, Jair Bolsonaro, que em sua primeira aparição (em seguida à sua vitória nas urnas) apareceu sentado à mesa, na qual estava apoiado um dos livros do mestre.
Tenho estudado os ensinamentos do professor nos últimos anos, algumas vezes através de sua extensa obra literária e outras pelas centenas de vídeos disponíveis no Youtube.
Apesar de ler com frequência, saliento que prefiro os vídeos do professor porque ele tem um jeito irreverente de falar e entre uma explicação e outra vão saindo alguns palavrões, ironias, risadas, bem como vão aparecendo umas xícaras de café e alguns cigarros, o que dão um ar mais humano e descontraído à exposição do conteúdo.
Autodidata e profundamente erudito, Olavo veio a se tornar tema de um filme que trata de sua vida e obra – O Jardim das Aflições (nome de um de seus livros também). Como seus ensinamentos confrontam impiedosamente as doutrinas da esquerda, ocorreram conflitos em algumas universidades que realizaram a exibição da película e em alguns casos chegou a haver confrontos físicos entre os estudantes.
Dessa forma essas instituições de ensino acabam por se configurar como meros comitês ideológicos monocórdicos e deixam de dar espaço à ampla troca de conhecimento e à livre discussão, o que destoa da finalidade educativa por impedir a pluralidade de argumentos e diversidade de ideias.
Notoriamente conhecido e visto como um pensador da política, Olavo vai bem além desse tema e se aprofunda com propriedade na metafísica, na ontologia, semiótica, linguística, dialética, fenomenologia, história, sociologia, pedagogia, teologia e no ser humano.
Como um pensador contemporâneo, o professor tem a oportunidade de refletir sobre os acontecimentos e sobre as diversas teorias, a partir de um vasto conhecimento que envolve diversas disciplinas, autores e a observação própria dos fatos.
A quantidade de informações que Olavo detém, em conjunto com a sua inteligência em inter-relacioná-las, mais a nitidez com a qual ele consegue visualizar os acontecimentos, a precisão lógica para chegar a conclusões e a clareza para se expressar a respeito das coisas é (para mim) a maior qualidade do professor e com ele tenho aprendido muito!
Uma das coisas que pude entender melhor foi a história da minha própria vida. Dentro de suas falas estavam descritas diversas situações que vivi e que ocorreram por motivos que eu desconhecia, mas que acabaram sendo determinantes nos rumos que tomei. Mas depois de tê-las entendido melhor, estou certo que teria tomado decisões importantes diferentes.
De certa forma, somos todos fruto do ambiente em que vivemos e na sociedade, na escola e na família por vezes estamos vulneráveis à projetos de envergadura mundial que nos atingem a todo o tempo e por todo o lado; como é o caso da revolução cultural esquematizada e proposta pelo ardiloso autor italiano Antonio Gramsci, que foi implantada com grande força na educação brasileira e que vem atingindo gerações e gerações. Não podemos deixar de ter o “contraditório”! Nunca!