Deus salve o menino, “Ritchie Valens”!

Para bailar La Bamba se necessita una poca de gracia!

Há alguns dias assisti ao filme “La Bamba”, que trata da breve biografia e estrondoso sucesso que a estrela do rock mundial, Ritchie Valens, teve aqui no plano terrestre.

Já havia assistido a esse longa-metragem outras tantas vezes, sempre contemplando àquela curta e meteórica história musical, mas dessa vez foi diferente e me caiu uma “ficha” diferente…

No meio daquela madrugada, sem sono eu “zapeava” o controle remoto até que passei por um desses canais de filmes e lá estava de novo aquela velha narrativa cinematográfica lançada no dia 24 de Julho de 1987 nos USA, há exatos 31 anos.

Como disse acima, já havia assistido várias vezes, mas dessa vez me ative a três detalhes que já conhecia, mas que nunca tinha levado em consideração como deveria: 1) A tenra idade que Ritchie tinha quando faleceu. 2) O que ele fez com tão jovem. 3) A força, importância e longevidade de seus feitos na música.

Ou seja, desse vez prestei mais a atenção nas entrelinhas…

O primeiro dos pontos levantados guarda relação com o acidente de avião que vitimou esse cantor e compositor norte-americano, matando de uma vez só a ele e mais dois expoentes da música daquele país (e do mundo inteiro).

Ao sair de um show com outras diversas estrelas do recém-nascido rock and roll, Ritchie Vales, Buddy Holly e Big Bopper pegaram um avião monomotor para escapar do extremo frio dos USA, visto que o ônibus da turnê estava com o sistema de aquecimento quebrado e o que inicialmente foi considerado uma sorte (pois Valens ganhou o direito a viajar de avião ao ganhar um “cara ou coroa” de um colega), veio a se transformar em uma tragédia.

A data desse acidente (3 de Fevereiro de 1959) foi tida como “o dia em que a música morreu” e por anos foram realizadas diversas homenagens para os três jovem músicos vitimados.

Diante do enorme potencial das músicas de Ritchie eu me pergunto: O que ele ainda teria feito se não tivesse morrido bruscamente aos 17 anos?!

E isso nos leva ao segundo ponto que percebi: Mas o que ele fez de tão importante com essa idade?!

A resposta é que ele emplacou uma canção folclórica mexicana no topo das paradas de sucesso dos Estados Unidos, falo de La Bamba e, em seguida mostrou mais habilidades musicais, quando compôs outras duas canções que alcançaram novamente o cume das mais tocadas nas rádios dos USA.

Uma dessas duas músicas é, Donna; que ele fez para sua namorada de colégio, o único amor que ele havia conhecido até então e que foi o único de sua curta vida. A outra cação é mais agitada e chama Come on, Let’s Go (cuja tradução é “vem, vamos nessa”), um rock and roll no sentido original do termo e que no filme é usada por Buddy Rolly como a frase para persuadiu definitivamente Ritchie Valens a entrar no avião, porque ele frisava sempre e há anos que achava que iria morrer em um acidente de avião.

Aqui eu chego ao terceiro ponto e que me fez perceber as entrelinhas da história desse talentoso cantor, guitarrista, compositor e irreverente arranjador, que transformou uma canção do folclore mexicano em um dos maiores hits do rock: Qual a força e a longevidade de sua obra?

E foi nesse ponto que tudo ficou mais pessoal para mim; porque desde a primeira vez que cantei na estreia dos meus shows, eu toco Come on, Let’s Go e todo mundo levanta e dança essa música! Além do aspecto pessoal também teve a tal “caída de ficha”, na qual percebi que essa é uma música composta por um menino de 16 anos, em 1958 e, que até hoje (em 2018 – há exatos 60 anos) todo mundo ama essa canção e parte para a alegria ao embalo de seu ritmo pulsante e melodia cativante! É realmente impressionante a força, a importância e a longevidade da obra desse garoto carismático que entrou tão rápido e estrondosamente para ápice do cenário da música mundial, como saiu dele.

Por isso não pude deixar de retratar aqui (ainda que de forma breve) essas novas impressões que só fui perceber agora, sobre esse menino que ganhou os corações do mundo todo e que continua tendo suas músicas tocadas e amadas por tantas pessoas! Inclusive por mim!

Deus salve Ritchie Valens!

Para quem quiser conhecer mais da história dessa lenda da música, basta procurar o já citado filme, que além de contá-la de forma brilhante é uma produção hollywoodiana de ótima qualidade e conta com a participação de um grande elenco, onde até o Brian Setzer participa! Que é guitarrista e vocalista da banda de rockabilly, Stray Cats e, é um dos maiores expoentes da guitarra elétrica no mundo!

Dessa forma de despeço desejando a todos um ótimo, divertido e revigorante final de semana, dessa vez ao som dos imortais sucessos do menino, “Ritchie Valens”!

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