A doença mais implacável que assola o Brasil é a microcefalia política, que faz padecer todos que vivem aqui.
A negligência é o pior tipo de conduta que os governantes brasileiros têm em todas as instâncias (municipal, estadual e federal) e poderes (executivo, legislativo e judiciário).
Basta estar respirando, de olhos abertos e ser minimamente inteligente (características básicas requeridas a quaisquer agentes públicos) para perceber o número enorme de problemas em cada uma das matérias a ser geridas pelo estado: saúde, segurança, saneamento, logística, educação, alimentação, habitação, economia, cultura, energia, meio ambiente, política, legislação, gestão pública, produções agropecuária e industrial, serviço, comércio e tantas outras.
No início dessa semana e nos dias que seguiram saíram notícias de que a infraestrutura brasileira foi deixada de lado. Ora, se temos um mesmo partido que está no governo federal há quase 14 anos; quem deixou isso de lado foi ele mesmo! Isso não é óbvio?!
No último final de semana a presidente e o prefeito de São Paulo, ambos do PT, saíram às ruas com roupas de fiscal da dengue (se bem que o Haddad parecia mais um cientista maluco com seu jaleco branco e avental amarelo) e tiraram centenas de fotos, junto com seus aliados políticos. Nessa mesma oportunidade, Dilma fez mais um de seus célebres discursos, onde (com a eloquência de um tatú bola) discorreu sobre a capacidade de contágio que as “mosquitas” têm. Bom, “mosquita” não existe e “presidenta” (com “a”) também não, então deve ser isso…
Mas nós não estamos falando, caçoando e rindo do Zé das Couves, do Zé Ninguém, do João das Dornas ou Sem Braço, do Fulano, Ciclano ou do Beltrano, casos em que o ridículo seria inofensivo e passível de graça. Infelizmente o protagonista desse episódio é o(a) Excelentíssimo(a) Presidente da República do Brasil, eleito por mais de 53% dos votos válidos na última eleição majoritária. E nesse contexto, isso perde totalmente a graça!
Mais sem graça ainda é a desgraça que se seguiu a essa fanfarrice midiática do combate ao Aedes Aegypti, inseto vetor de doenças como a dengue, febre amarela, zika e a chicunguya. Além dos políticos saírem para sessões de fotos, eles também anunciaram a participação do exército no auxílio ao combate ao famigerado mosquito e, na terça-feira seguinte a UOL publica em sua primeira página que o Governo Federal, o Distrito Federal e mais 17 estados cortaram as verbas para o combate a epidemias. Fala-se uma coisa, faz-se propaganda dela e executa-se outra! Descaradamente! Antigamente isso chamava cara-de-pau! Link da reportagem: www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/02/1739898-governos-gastam-menos-contra-epidemias.shtml
Pode-se dizer que o surto de zika vírus excede ao controle do governo brasileiro por se tratar de uma doença internacional e recém chegada, tragédia que não poderia ser acrescida ao saldo negativo da administração dessa gestão. O primeiro argumento contrário a essa afirmação é que o dinheiro roubado pioraria essa epidemia no Brasil, dado à escassez de recursos, mas penso um pouco além…
Sigam-me os bons!!! É possível fazer duas coisas bem feitas ao mesmo tempo?! Como os políticos podem roubar caminhos de dinheiro e esconder tudo enquanto fazem uma boa administração pública?! Como podem desviar somas bilionárias de forma camuflada e cuidar de suas cidades, estados e país?! Como podem subtrair a pátria distraída em tenebrosas e vultosas transações (parodiando Chico Buarque) e dispor do tempo e da competência necessária para governar um país de tamanho continental, com mais de 200 milhões de habitantes?!
Apenas o fato de roubarem já exclui a possibilita de uma boa gestão! Sempre digo que a contemporaneidade brasileira nos faz sentir saudades das coisas mais escrotas do passado. Nesse caso; da falta dos governantes que “roubavam, mas faziam”, porque os de hoje roubam e não fazem! Simples assim! Obs: Essa regra também se aplica à música!!! (risos)
Mostarda é bom, não é?! Mas cocô temperado continua sendo uma merda! Não é mesmo?! (risos) Sentir falta de ladrões menos nocivos?! Meu Deus!!! A que ponto chegamos?!?!?!?!
Sempre assisto aos noticiários e quando vejo imagens do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal não consigo deixar de me lembrar do saudoso Renato Russo e pensar, mas que festa estranha com gente esquisita! Afinal, que país é esse?!
A microcefalia que afeta essa gente de gravata e de tailler é da variante umbilical e faz com que todos os seus pensamentos se voltem para si mesmos, para seus próprios e particulares umbigos egoístas e egocêntricos!
Nesse ano temos eleições e as opções de candidatos somada à competência dos eleitores, me assusta mais do que o bicho-papão!
De qualquer forma, novamente desejo a todos um ótimo, divertido e revigorante final de semana, buscando forças na lembrança da única coisa boa anunciada para os próximos dias; o show dos Rolling Stones! Yeah! (risos)
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