As Cores de Julio Bittencourt Trio

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Assim como a música pode ser tida como as vibrações produzidas no ar, as cores podem ser tidas como as vibrações produzidas na luz e dessa forma, pode-se dizer que ambas são formas nas quais a energia pode se manifestar!

Essa é a proposta do novo álbum do Julio Bittencourt Trio, o “Cores”, onde o grupo de jazz explora as possibilidades de construir sensações vibrantes entre o som e a luz, para provocar movimentos nos alto falantes, tímpanos, cérebros e corações.

Para a composição das músicas e produção do disco, foram buscados conhecimentos na cromoterapia e na sinestesia, possibilitando o alcance de traduções sonoras de sete colorações distintas, uma para cada faixa do trabalho.

A primeira é “Verde” e traz sonoridades indígenas que se mesclam ao jazz contemporâneo, conduzindo o ouvinte a um passeio entre o palco e a floresta.

Com melodia serpenteante e bonita, a segunda faixa do disco, “Vermelho”, apresenta uma lua de sangue em seu vídeo clipe e extrai certa reflexão durante sua audição.

“Amarelo” (a terceira música) é alegre, vibrante e traz uma explosão de juventude, uma alegria eufórica, bastante entusiasmo e movimento!

Azul é um mergulho profundo no mar e no céu. Contemplativa e mais intelectual, essa quarta canção explora os graves do contrabaixo de pau e solos de violão de cordas de nylon com dissonâncias presentes, mas não tão acentuadas.

A quinta música busca sua equivalência visual na cor violeta, que por si só manifesta uma identificação curiosa! Fugindo dos matizes mais comuns, nessa música o trio trabalha com linhas de walking bass e de bateria que remetem ao estilo de jazz norte-americano da década de 1960, ao mesmo tempo em que os solos de violão e de sax soprano confirmam essa tendência.

“Laranja” é a sexta faixa do CD e assim como na cor, percebe-se a fusão dos elementos das músicas “Amarelo” e “Vermelho”, que analogamente são os dois tons que a compõe no universo visual.

A sétima e última música do disco chama-se “Branca” e ao invés do usual conceito da paz e da serenidade, o grupo optou por seguir o literal conceito da física de Newton onde sua composição é a reunião de todas as outras cores. Desta forma, essa música reúne fragmentos de todas as anteriores num formato cacofônico que explode como um clarão branco, excessivamente luminoso, que culmina na vontade de buscar o escuro, o negro, o silêncio.

Talvez esta, a “Preta”, seja a inevitável oitava música do disco, quando pára o som!

As guitarras e violões ficaram sob a responsabilidade de Luciano Bittencourt, o contrabaixo foi tocado por BJ Bentes, o saxofone é de Almir Clemente e André Rass tocou as percussões e gravou os efeitos vocais. O violino e o violoncelo foram executados pelos argentinos Fernando Farias e Leopoldo Comisso, respectivamente. E a bateria, obviamente foi gravada por Julio Bittencourt.

Interessou?! Então seguem os canais oficiais do trio!!! Site: jbtrio.com.br – Facebook: www.facebook.com/jbjazztrio – Youtube: www.youtube.com/juliobittencourtjazz .

Mais uma vez me despeço desejando a todos um ótimo, revigorante, divertido e muito musical final de semana, desta vez ao som do álbum “Cores” de Julio Bittencourt Trio!!!

P.S. Vale lembrar que cuidado e canja de galinha nunca mataram ninguém! Refiro-me ao carnaval; época passageira de exageros sem sentido, que pode ter consequências sérias e permanentes.

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1 comentário

    • Simone Barbosa em 5 de fevereiro de 2016 às 14:22
    • Responder

    São músicas que provocam profundas emoções, mexem com a gente…
    O Trio se superou neste CD!

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