Juro que estou tentando esquecer, mas não está dando certo…
Ao invés de assistir aos jornais, dos quais estava fugindo para não receber mais informações amargas sobre a crise, busquei filmes nos canais de TV por assinatura e achei o seguinte:
O segundo longa da saga “300 – A Ascenção do Império”, que parte da derrota sofrida por 300 soldados espartanos liderados pelo rei grego, Leônidas, contra todo o exército persa, liderado pelo Deus-rei Xerxes (interpretado por Rodrigo Santoro) que foi a maior horda bélica já vista pela humanidade até aquele momento (em 480 AC).
Estimativas modernas indicam que a batalha deve ter durado cerca de 3 dias e que as forças persas somavam entre 70 mil e 300 mil combatentes.
O grande feito dos gregos foi o de bloquearem uma passagem bastante estreita para seu país, onde os persas não poderiam usar sua enorme vantagem numérica, forçando um combate homem a homem e gerando lendas que repercutem pela história há quase 2 mil e 500 anos.
O “x” da questão é que foi uma batalha de poucos contra muitos e isso inevitavelmente me lembrou da situação brasileira onde muitos penam pelas decisões e condutas de poucos, que sem o heroísmo grego, se refugiam nas páginas da legislação e nos acordos entre anti-cavalheiros, tornando-se mais inatingíveis do que os antigos espartanos… Talvez pudéssemos nomear a constituição como “As Termópilas dos Corruptos”!
Sacrilégios à parte (risos), mudei de canal e lá estava o ministro da fazenda, Joaquim Levy, saracoteando para inverter os sentidos das perguntas diretas que William Waack, âncora do “Jornal da Globo”, lhe fazia. As reboladas para disfarçar as pedaladas eram tão grandes que me surgiu a imagem da Gretchen dançando e cantando “Conga la Conga”. Mas foi quando o ministro disse categoricamente que “no Brasil justiça funciona”, que pensei estar delirando.
A entrevista estava tão surreal que procurei outro filme para esquecer a situação desmoralizadora do Brasil. Desta vez era um monstro gigante que saía dos confins dos tempos, que brotava das profundezas da terra para proteger Tóquio e seu nome era Godzilla!
Obviamente se trata de uma obra de ficção e que mais causava destruição do que ajudava aos japoneses. Agora vejamos: Um indivíduo que causa a destruição de cidades, prejuízos imensuráveis e prejudica todo uma nação, não poderia se chamar Dilmazilla ou Godzilma?! (risos)
Nessa hora, estava vendo que não teria como escapar de pensar no Brasil e, pior, aqui as monstruosidades não são obra de ficção!
Por fim, mudei novamente de canal e encontrei as “Meninas do Jô” comentando típicas questões nacionais, como o “Pixuleco” e a “Pixuleca”, o rebaixamento da nota de credibilidade da economia brasileira que acabou de acontecer e sobre nosso mérito em ostentar uma das maiores cargas de tributos do mundo, onde os brasileiros têm de trabalhar 150 dias apenas para estar quites com o fisco. Somente isso já seria um absurdo, mas ainda vem o governo e quer a implantação de novos impostos e aumento de alíquotas… Aí é pra acabar, não é?! Vale salientar o quanto a jornalista Lillian Witte Fibe vem se mostrando indignada com tudo o que acontece, sentimento que compartilho com ela!
Sem seguida desliguei a televisão, anotei tudo para escrever esse artigo, tomei um calmante pra dormir logo e não ter pesadelos e, desmaiei! (risos)
Mais uma vez me despeço desejando um ótimo, divertido, revigorante e muito musical final de semana a todos!
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