Esse final de semana guarda uma data muito importante e diante desse momento ímpar, não se pode, ou mesmo se deve, pautar outros assuntos, que não seja o destino político do país.
É hora de avivar a mente e fazer valer o recurso mais importante de uma democracia; o voto!
Quotidianamente não temos (o povo) voz ativa nas ações do executivo, nas decisões do judiciário e nas construções legais do legislativo. Em geral, o cidadão comum sequer consegue falar com as secretárias dos assessores dos políticos, quando na verdade; eles são nossos funcionários. Pelo menos na teoria…
Eleito um candidato, ele pode fazer e desfazer praticamente o que quiser, obtendo os piores resultados, realizando as mais escandalosas práticas e raramente se vê uma cassação ou um impeachment (este último, que aconteceu apenas com o ex-presidente Fernando Collor de Mello, mas que hoje está eleito senador da república). Ou seja, é quase impossível se livrar de políticos eleitos, mesmo se eles forem incompetentes, corruptos, imorais e gestores danosos que impliquem em profundos prejuízos para o povo e para o país.
O voto de um cidadão está inexoravelmente diluído dentre os 142,8 milhões de eleitores que atualmente existem no Brasil e isso é realmente desanimador se percebermos que grande parte desse montante têm pouca instrução, é muito suscetível à publicidade eleitoral, pouco informada e por vezes quase analfabeta.
Sim, todos têm direitos iguais, mas nem todos têm preparo igual (sejam candidatos ou eleitores)! Então você que está lendo e entendendo esse artigo de jornal (ou nos blogs, pela Internet), saiba que já se encontra em distanciamento dessa grande maioria e quero deixar bem claro que essa colocação não se trata de uma opinião e, menos ainda de um preconceito! Os dados (e fatos) mostram o crescimento do analfabetismo funcional (àquelas pessoas que constam estatisticamente como alfabetizadas, mas que são incapazes de compreender textos) e como jornalista faço conta de acrescentar que meus textos são curtos e têm uma média de 3 a 4 mil caracteres, mas a leitura usual de hoje em dia fica em míseros 400 a 600 caracteres. Ou seja, se consistem quase que apenas em chamadas, sem ter a capacidade de aprofundar exposições e argumentos.
Uma maneira fácil de visualizar isso é através da navegação na Internet, onde se constata que os posts mais populares são os que contêm apenas imagens ou vídeos e quase nenhum texto. Porque ninguém lê! Ainda para arrematar essa argumentação, recentemente houve um projeto extremamente polêmico, que visa “simplificar” o vocabulário de obras clássicas da literatura brasileira, visto que os leitores (cada vez mais despreparados) não conseguem assimilá-las. E para arrematar, quero dizer que não tenho nada contra nenhuma pessoa analfabeta, mas que sou totalmente contra o analfabetismo e que é um crime privar as pessoas do conhecimento!
Ou seja, faça valer o seu voto de 1/142.800.000 avos, porque é só o que lhe resta!
Desejo um final de semana menos chato possível, sem tantas filas para votar e sem aquele assédio pegajoso dos candidatos que nunca estão conosco, mas que nesse momento se colocam como nossos melhores amigos. Por fim, desejo que essa gama repleta de magníficas opções de candidatos e propostas possa resultar na escolha dos melhores dentre os melhores para o nosso querido Brasil!
P.S. Musicalmente falando, esse coro anda bem desafinado!
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