Não sou supersticioso, mas quando se escolhe o nome de um filho, de um animal de estimação, de empresa que se inicia ou empreendimento a ser realizado, de fato as palavras podem acabar ganhando maior força e fazer com que os resultados pendam de alguma forma.
Se você der o nome “Saddan” para um cachorro, naturalmente há de se esperar que ele seja ou se torne mais bravo. Ao dar o nome de “Roberclayderson” para uma criança, pode-se prever dificuldades perante os amigos de escola, grande probabilidade do sofrimento de bullyng e até mesmo dramas psicológicos em detrimento das dificuldades que essa mera palavrinha chamada “nome” pode causar.
Desta forma, ninguém nomeará uma academia de musculação como “Dores Musculares Aqui!”, muito embora os exercícios sempre nos façam lembrar do tal “Dorflex” (analgésico usual para dores musculares)! (risos)
Seguindo essa lógica quase Aristotélica, me pergunto porque o maior festival de música deste ano não conseguiu seguir o indicado pelo seu próprio nome, ou mesmo por que não adequá-lo às novas vertentes musicais que seus shows seguirão.
Sim, falo do “Rock In Rio” que trará shows completamente distantes do rock, mas como ele também já foi realizado em Portugal, a um oceano de distância do “Rio de Janeiro” e isso não afetou em nada sua nomeação, por que então a surpresa?
Traduzindo: Se tivemos o “Rock In Rio” em “Lisboa” é apenas um mero acaso tê-lo aqui no “Rio”, só que sem o rock. Não acham?! (risos)
Obviamente que se trata do uso de uma marca consagrada que agrega público e vende, vende, vende… Mas quem vivenciou o primeiro e mais memorável acontecimento musical do Brasil, a primeira edição desse festival, dessa vez fica bem longe das expectativas e pior ainda, até causa um esmaecimento das lembranças daqueles dias de êxtase.
Claro que se trata de uma suntuosa realização e que vem ao encontro dos projetos turísticos de nosso país, confirmando o Brasil como parte do roteiro dos grandes shows internacionais, mas aí vai uma dica: Não seria interessante fazer edições distintas e intercaladas, uma como “Pop in Rio” e a outra como “Rock in Rio”?
Talvez desta forma se evitaria melindrar os amantes deste ou daquele estilo musical e ainda se teria o ensejo para faturar em duas oportunidades!
Mas na esteira dos nomes confusos, faço um convite a todos para que venham participar de um churrasco de picanha, cujo cardápio será de água e pão duro! (risos)
Que todos tenhamos um ótimo, divertido e revigorante final de semana!
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1 comentário
Concordo plenamente.
Esse “Rock” In Rio tá mais pra MICARETA IN RIO do que pra Rock, isso sim.
Tinha que mudar o nome do evento para “Music In Rio”, “Festival In Rio” ou qualquer nome, mas deveriam tirar o nome do Rock, porque de ROCK mesmo, esse evento não tem nada.
Até agora eu não entendo como puderam colocar Caludia Leitte (BLEARGH!!!) no palco principal e o SEPULTURA (e o MIKE PATTON) no palco menor… Coisas do Medina, mesmo, cara. ¬¬’
Gostei do seu post, parabéns.
Tais Cristina (@tataswimmer)