Cada vez mais percebo que tudo e qualquer coisa nos fornece inúmeras e variadas informações, seja quando dizem e também quando “não dizem”, como por exemplo: Os panfletos que diariamente encontramos disponíveis nos mais diversos balcões, nos são distribuídos insistentemente quando estamos nos semáforos, enfileirados no trânsito, andando a pé e também são colocados nos vidros de nossos carros quando estacionados.
Pode-se pensar que as informações às quais me refiro são àquelas contidas nos dizeres desses flyers, mas o que não está escrito também pode dizer muito! Reparem que a fórmula usual para toda festa ou balada é a fusão de gêneros que já foram antagônicos um dia. Vê-se usualmente o sertanejo (agora universitário), mais um grupo de pagode e depois a continuidade dos eventos com DJs, os quais atualmente também vêm sendo acompanhados por instrumentistas ao vivo (normalmente, saxofonistas).
Até a década de 1990 a música internacional excluía a nacional e vice-versa, não se lembram? No entanto, hoje os gêneros mais puristas quanto à origem brasileira convivem com o “tuntis-tuntis” originários da discoteca sem o menor problema e sabem que gênero musical acabou ficando de fora das festas e das baladas?
Pelo título do artigo certamente já sabiam a resposta e acertaram com certeza, mas pensem se não é um tanto contraditório que justamente um estilo musical gringo tenha sido excluído de praticamente todas as festividades… A última “pancada” que o rock legítimo sofreu foi o seu desbotamento, onde a mídia de uma forma muito infeliz acabou por nomear o estilo de uma única banda como “rock colorido”, o que praticamente forçou a todos os roqueiros genuínos e incorporar um discurso em preto e branco, que jamais deveria ter sido acolhido, afinal, é “Yellow Submarine”, a língua dos “Stones” e o cabelo da “Rita Lee” são vermelhos e o fato dos “Teletubbies” do rock (o “Restart”) utilizarem roupas coloridas, jamais deveria significar uma “novidade” ou uma “propriedade” deles! Enfim, já tratei mais longamente disso num artigo anterior…
O fato é que a palavra “rock” virou sinônimo de uma de suas derivações, o “metal”, e toda aquela indumentária preta e mórbida acabou provocando o esquecimento das origens populares, festivas e ligadas à raça negra desse estilo inicialmente dançante e alegre… O pior é que esses segmentos mais “pesados” do rock, ainda acabaram por restringir o uso de rocks às trilhas sonoras de jogos de vídeo games e a filmes de terror!!! (risos)
Sabem qual foi uma das letras mais memoráveis e cantadas dos rocks de todos os tempos? Foi a poética “Shake, Baby, Shake”, composta pelo ilustre “Johnny O’keefe”, lançada num disco compacto de 45 rotações na década de 1950 e sabem o que ela quer dizer? Rebola, Menina, Rebola… (risos) Olhem que inversão esse Rock sofreu! Agora as meninas não mais rebolam e ao invés disso, os marmanjos comem morcegos!!! (risos) Um estilo que nasceu nas festinhas das garagens dos adolescentes acabou indo parar no cemitério… Realmente tem gosto pra tudo, não é?!?! (risos)
Desejo a todos um ótimo, dançante, revigorante e “divertido” final de semana, ao som do bom, velho e “esquecido” rock’n’roll!!!
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