O Blues Não Tem Nada de Triste !!!

Blueseiros de todas as didades tocando juntos...

Está pairando nebulosamente no ar uma idéia completamente “desprovida” de qualquer verdade ou relação com a mesma! De que o estilo musical “blues” seja triste…

Fiquei extremamente contrariado ao me deparar com tais comentários, porque conhecendo e tendo vivido no meio dessa música maravilhosa, a única coisa que nunca encontrei em shows de bandas e artistas realmente competentes, foi a tristeza.

Sinceramente, “triste” é termos que tratar desse assunto dado a pronunciamentos infelizes e de certo, vindo de desconhecedores desse gênero plural, heterogêneo, nascido de fusões diversas e das formas de expressão legítimas do povo negro norte-americano que nos presenteou com essa riqueza pulsante, festiva e alegre, denominada “blues”!

Grande público em "êxtase" durante o Crossroads Festival de Blues

Faço um convite a todos: Sugiro que pesquisem no Google, assistam os seguintes vídeos no Youtube e experimentem as sensações que essas músicas lhes darão!

Irmandade do Blues tocando Feelin’ Alright; http://youtu.be/-1dA4-RbBrs

Blue Jeans & Magic Slim no Estúdio Showlivre, com a presença de Adriano Grinberg nos teclados; http://youtu.be/h2xF7aB4TGM

Blues Etílicos tocando Misty Mountain no Bolshoi Pub; http://youtu.be/7EFGh3HyTWE

Nuno Mindelis ao vivo no festival internacional de Jazz de Montreal; http://youtu.be/m5DhiR4UuRE

All Stars Band tocando no Dela Blues; http://youtu.be/eOOevRAIakA

Por fim, sugiro que vejam os vídeos dos dois festivais realizados pelo lendário guitarrista Eric Clapton, onde encontrarão os mais velhos e renomados blueseiros tocando com a juventude que já está na ativa!

http://www.youtube.com/results?search_query=crossroads+festival+lista&aq=f

Verão que outrora a música dos escravos plantadores de algodão, como consta no documentário de “João Moreira Salles” chamado “Blues, pain created to heal pain” (Blues, dor criada para curar a dor, informação colhida com “Rodrigo Canales”) se modernizou e alcançou status e estádios no mundo inteiro, onde hoje as pessoas se reúnem para ouvir música de qualidade e se divertirem!

Buddy Guy e Eric Clapton tocando!

O Blues não nega sua origem negra e os brancos que o tocam bem, tem em suas almas esse swing pulsante que contagia e empolga.

Não posso deixar de fazer menção ao Eloy Bressan que trouxe o Blues para Araras na década de 90 e ao meu guru espiritual da guitarra, Edu Gomes que postou o comentário defendendo o Blues no Facebook e originou esse artigo.

Viva o Blues! E que tenhamos todos um final de semana regado a esse presente dos deuses!

Veja a página como no Opinião Jornal – JPG:

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3 comentários

  1. Não entendo muito dos primórdios do blues, mas adoro esse estilo musical.

    Sou totalmente apaixonada por Paulo Meyer, Vasco Faé, Blues Etílicos, All Stars, Nuno Mindelis e tantos outros.

    Vou à shows sempre e amo dançar, fiz ballet clássico por vários anos da minha vida, então dançar pra mim é algo que me transporta à outras dimensões…

    Dançar me tira do chão, me faz flutuar, eu esqueço tudo à minha volta… E blues é um dos ritmos que mais me fascina…

    Chego a sentir tesão quando danço um bom blues, porque este ritmo, entre tantas coisas, tem muita, mas muita sensualidade. E aonde tem música, tesão e sensualidade, tem espaço pra tristeza???

    Beijos e abraços aos amantes da dança e do nosso velho, envolvente e contagiante blues…

  2. A origem sofrida do Blues acaba remetendo ao público desavizado essa conotação de tristeza.

    Mas se retornarmos a origen do Blues (ínicio do século passado, ou anterior a isto, embora não se tenha muitos registros), veremos que o blues tinha uma importancia no sentido de afastar este povo (os negros norte-americanos) da tristeza e da miséria em que viviam.

    Desde as letras de Robert Johnson e Blind Lemon Jeferson (grande sucessos do Blues da década de 20), até as famosas composições de Willie dixon (renomado compositor do Blues da década de 50) podemos ver muito senso de humor e muitas brincadeiras, as vezes tirando sarro de suas própias situações e dificuldades.

    É sempre bom ver outros divulgando esse estilo que para mim sempre trouxe muita felicidade, e obrigado por ter citado a minha banda “All Stars” aqui.

    Um abraço Nando. Vamos fazer um blues juntos um dia desses…

    Paulo Gazela

  3. Olá Nando, muito boa tarde!

    Cara… Sempre quando passo por aqui, seu outro talento (o de escrever) me fascina.

    Muito esclarecedor seu artigo! Parabéns! Gosto muito desse estilo musical, mas não tenho muito conhecimento e seus textos somam muito na hora de buscar as informações.

    Rico conteúdo!

    Sempre me avise dos novos posts!

    Um forte abraço!

    Até mais

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